sábado, 6 de agosto de 2011

CAICÓ - "Capital do Seridó","Terra de Santana"

ANIVERSÁRIO : 16 DE DEZEMBRO
FUNDAÇÃO : 1788
GENTÍLICO : CAICOENSE
ÁREA : 1.228,574 Km²
POPULAÇÃO : 62.727hab. (IBGE 2010)
IDH : 0,756 (3º do RN)
ELEITORES : 43.855

Caicó é um município brasileiro no interior do estado do Rio Grande do Norte. Principal cidade da região do Seridó, localiza-se na Microrregião do Seridó Ocidental, na região centro-sul do estado distando cerca 256 km da capital estadual, Natal.
Nascido na confluência dos rios Seridó e Barra Nova, ocupa uma área de 1.228,574 km², o que equivale a 2,33% da superfície estadual, posicionando-o como o sexto município com maior extensão do Rio Grande do Norte. Com uma altitude média de 151 metros, sua população em 2010, era de 62.727 habitantes, o que a coloca como a sétima cidade mais populosa do estado, sendo a segunda mais populosa do interior do Rio Grande do Norte, com uma densidade populacional de 51,04 habitantes por km².
Sua atração mais famosa é a Festa de Sant'Ana, realizada no mês de julho, que em 2010 foi tombada como patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN. Caicó também é lembrada pela sua população religiosa, seus bordados e sua rica culinária típica, além de seu singular carnaval.
Conhecido centro pecuarista e algodoeiro, Caicó apresenta o mais alto índice de desenvolvimento humano do interior e semiárido nordestino, assim como a maior esperança de vida ao nascer de 73,317 anos, alcançando o maior índice de longevidade do Rio Grande do Norte: 0,805, considerado "elevado" pela ONU. O município ainda se destaca por possuir o menor índice de exclusão social do estado.

Economia


A mais importante atividade econômica foi o beneficiamento do algodão. Atualmente, o meio rural sobrevive da agricultura familiar e da produção de leite, carne-de-sol e do queijos de manteiga e de coalho. Caicó possui o maior rebanho de bovinos e a maior produção leiteira do Rio Grande do Norte, fornecendo matéria-prima para a produção mensal de mais de 72 toneladas de queijo de manteiga, 27 toneladas de queijo coalho e mais de 6 mil litros de manteiga de garrafa em suas 93 unidades fabris. Sua principal unidade produtora de leite pasteurizado fornece 265 mil litros por mês.
A cidade destaca-se ainda por ser o maior polo de produção de bonés do Nordeste do Brasil.Tradicionalmente a cidade se destaca pela produção de bordados artesanais típicos que são valorizados no mercado interno e externo. A indústria têxtil vem se consolidando como a vocação da cidade e vem crescendo paulatinamente, principalmente o ramo de confecção de camisetas e underwear.
A cidade ainda possui várias indústrias de beneficiamento de alimentos, como de laticínios (leite pasteurizado,queijos e yogurte); café, arroz e milho (torrefação, moagem e embalamento), sorvetes e panificação. A produção de cachaças já se destaca a nível nacional, tendo sua qualidade atestada pela imprensa especializada.
No setor secundário ainda se destaca a produção de produtos à base de argila, como tijolos, lajotas e telhas, Caicó produz em média 1200 milheiros mensais. Quanto à produção de cal, a cidade fornece mais de 245 toneladas por mês. A principal matriz energética do município é o uso da lenha extraída de espécies da caatinga, isso se deve a inexistência de um gasoduto que reduzisse o impacto ambiental. No setor terciário a cidade polariza os serviços da região do Seridó Potiguar e Paraibano, com serviços médicos, jurídicos, escolares e bancários; funcionalismo público; a presença das Forças Armadas - 1º Batalhão de Engenharia de Construção - Batalhão Seridó; além de seu intenso e diversificado comércio realizado com as cidades da região. Outro segmento que cresce no município é o turismo,onde observa-se a cada dia aumentar o número de restaurantes, pousadas, hotéis e a consequente especulação imobiliária.

TurismoCaicó faz parte do polo turístico do Seridó ou Roteiro Seridó. Além de integrar o Guia Turístico de Produção Associada, publicado pelo Ministério do Turismo, devido a identificação e registro de produtos com representatividade cultural e identidade regional.
EcoturismoNo município, acontecem práticas de ecoturismo. Em suas serras, grutas e rios, podem-se realizar rapel, escalada, rali, mountain bike, acampamentos, trilhas e trekking em locais como a serra de São Bernardo, serra da Formiga, gruta da Caridade e pedra da Baleia localizada no rio Seridó.

Turismo CulturalNo turismo cultural, destaca-se a Irmandade dos Negros do Rosário, criada em 1771, onde pode ser vistas seus rituais que utilizam lanças e danças tribais ao som de tambores seculares. Ainda pode-se visitar o Museu do Seridó, onde pode se conhecer a história do povo seridoense, seu modo de vida e seus ciclos econômicos, além de exposição de artistas locais. Outro destaque é o artesanato local, onde Caicó é conhecida como "Terra do bordado", pela excelência de seus trabalhos manuais, herança da colonização portuguesa. A culinária é outro atrativo da cidade, que se destaca nacionalmente pela qualidade de sua carne de sol, queijo de manteiga e de coalho, manteiga de garrafa, assim como seus doces tipícos: filhós, chouriço e biscoitos caseiros. Além da nova vedete: a produção de cachaças.

Turismo de Eventos

Dentre o turismo de eventos destaca-se o carnaval, que já figura entre os maiores do nordeste. Onde o principal atrativo é o "bloco Ala Ursa" ou "bloco do Magão", que arrasta multidões pelas ruas da cidade ao som de frevo e marchinhas, acompanhada de bonecos gigantes, burrinhas e papangus. A sexta-feira destaca-se pela saída do bloco das Virgens, onde os homens vão trajados com roupas femininas e as mulheres vão vestidas de homem. À noite, o carnaval acontece no complexo turístico Ilha de Santana, onde os blocos formados pelos jovens, geralmente com nomes irreverentes celebram o carnaval ao som de músicas atuais de axé e forró-elétrico. Um detalhe que deixa o carnaval caicoense único é a confecção de caixotes, onde os blocos conservam as bebidas que serão consumidas durante a festa. Na Ilha de Santana forma-se um corredor onde os blocos "rivalizam" a atenção para seu caixote, onde há até a existência de caixotes motorizados.

Turismo Religioso
Caicó é um destino potencial de turismo religioso, a Festa de Sant'Ana realiza na última semana de julho, já é o maior evento socio-religioso do Rio Grande do Norte. A festa é uma mistura de sagrado e profano que atrai turistas de todos os cantos do RN. A Festa de Sant'Ana é se tornou Patrimônio Imaterial do Brasil pelo IPHAN, sendo a primeira manifestação cultural a sofrer tombamento no estado e a quarta manifestação a se enquadrar como patrimônio imaterial no Brasil.

Bordado seridoense
A arte do bordado chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses por volta do século XVII e século XVIII, sendo apenas um dos passatempos favoritos das esposas dos exploradores. A região do Seridó, principalmente Caicó e Timbaúba dos Batistas, são as cidades que mais refletem essa tradição lusa, apresentando características semelhantes ao bordado típico da Ilha da Madeira, em Portugal; tais indícios podem ser comprovados através das estampas atuais, flores e pístilos, que remetem a padrões próprios da Ilha da Madeira. Porém as mulheres seridoenses deram características bem nordestinas a essa arte, utilizando de cores vivas, representando a fauna e a flora locais. O bordado é realizado diretamente sobre o tecido, geralmente utilizando linho, percal ou polialgodão. Originalmente, este artesanato era produzido à mão, apenas com agulha e linha colorida. Mas com a industrialização, as bordadeiras já se utilizam de máquinas de costura.


Comunicações

O município possui seis emissoras de rádio, sendo elas o principal meio de comunicação das notícias locais: Rural de Caicó AM-830KHz; A voz do Seridó AM-1100KHz; Rádio Caicó AM-1290KHz; Liberdade FM-88 MHz; Rural FM-95 MHz; Solidariedade FM-106 MHz. A transmissão de televisão é feita por retransmissoras, podendo ser captadas em sinal aberto as seguintes emissoras: TV União(Canal 7), TV Record(Canal 8), SBT(Canal 10), Rede Globo(Canal 12), Rede Vida(Canal 15), Rede TV!(Canal 17) e TV Assembleia RN(Canal 33). A cidade ainda possui jornais impressos de circulação semanal e quinzenal. A cobertura das notícias locais ainda pode ser acompanhada em sites e blogs especializados.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O PIANISTA




Um famoso pianista judeu-polonês que trabalha na rádio de Varsóvia, vê seu mundo ruir com o começo da Segunda Guerra Mundial e a Invasão da Polônia em 1 de setembro de 1939. Após a estação de rádio ser bombardeada pelos alemães, Szpilman vai para casa e descobre que o Reino Unido e a França declararam guerra contra a Alemanha Nazista. Ele e sua família se alegram achando que a guerra vai acabar logo.                     
Quando a SS assume o controle de Varsóvia após a saída da Wehrmacht, as condições de vida da população judia rapidamente se deterioram e seus direitos são gradualmente retirados: primeiro eles limitam a quantidade de dinheiro para cada família, depois eles devem usar faixas nos braços com a Estrela de Davi para serem identificados e, eventualmente, no Dia das Bruxas de 1940, eles são forçados a ir para o Gueto de Varsóvia. Lá eles enfrentam a fome, perseguição, humilhação e o medo sempre presente de morte e tortura. Os nazistas ficam cada vez mais sadistas e as famílias presenciam muitos horrores infligidos a outros judeus.               
A família de Szpilman, junto com outras centenas, são colocadas como parte da Operação Reinhard para deportação até um campo de extermínio em Treblinka. Enquanto os judeus são forçados a entrar em vagões de trem, Szpilman é salvo no último segundo por um policial do gueto, que era seu amigo. Separado de sua família e entes queridos, ele consegue sobreviver. Primeiro ele é colocado em uma unidade de reconstrução alemã como um trabalhador escravo. Durante esse tempo, um outro trabalhador judeu confidencia a Szpilman duas informações críticas. Primeira: muitos judeus que estão vivos sabem que os alemães planejam matá-los. Segunda: que um levante contra os alemães está sendo preparado. Szpilman se ofereçe para ajudar. Ele é colocado para contrabandear armas para dentro do gueto, quase sendo pego em um momento.                                                                                                                                                                        
Mais tarde, antes do levante começar, Szpilman decide se esconder fora do gueto, contando com a ajuda de não-judeus que ainda se lembram dele, como um antigo trabalhador da rádio. Enquanto se escondia, ele testemunha vários horrores cometidos pela SS. Em 1943, ele finalmente testemunha o Levante do Gueto de Varsóvia que ele ajudou a formar e o que aconteceu a seguir, com a SS entrando no gueto e matando quase todos os judeus. Um ano se passa e a vida em Varsóvia se deteriora. Szpilman é forçado a fugir de seu esconderijo quando o vizinho de seu apartamento descobre sua presença e ameaça delatá-lo. Em seu segundo esconderijo, perto de um hospital militar alemão, ele quase morre de icterícia e desnutrição.                      
 Em agosto de 1944, a resistência polaca monta a Revolta de Varsóvia contra a ocupação alemã. Szpilman testemunha insurgentes poloneses lutarem contra os alemães pela sua janela. Novamente, ele quase morre quando um tanque alemão atira no apartamento em que ele estava se escondendo. Varsóvia é virtualmente arrasada como resultado do conflito. Após a população sobrevivente ser deportada para fora das ruínas da cidade e da SS fugir do avanço do Exército Vermelho, Szpilmam é deixado sozinho. Em prédios ainda em pé, ele procura desesperadamente por comida. Enquanto ele tenta abrir uma lata de picles, Szpilman é descoberto pelo capitão de Wehrmarcht Wilm Hosenfeld. Interrogando Szpilmam, e descobrindo que ele é um pianista, Hosenfeld pede que ele toque algo no piano que ainda sobrevive no prédio. O decrépito Szpilman, apenas uma sobra do grande pianista que ele fora, toca uma versão abreviada da Balada em Sol menor, de Frédéric Chopin. Hosenfeld deixa Szpilman continuar se escondendo no prédio, dando a ele comida regularmente, salvando sua vida. Algumas semanas se passam e as forças alemães devem evacuar de Varsóvia devido ao avanço do Exército Vermelho. Antes de ir embora, Hosenfeld pergunta a Szpilman seu nome e, ao ouvi-lo, diz que ele está apto para ser pianista (Szpilman sendo a versão polonesa do alemão Spielmann, que significa "homem que toca"). Ele promete ouvi-lo na rádio de Varsóvia. Ele dá a Szpilman seu casaco da Wehrmacht e vai embora. Mais tarde, esse casaco quase mata Szpilman quando tropas polonesas, libertando as ruínas de Varsóvia, o confundem com um oficial alemão. Ele consegue convencê-los que ele era polonês. Um grupo de recém libertados prisioneiros de um campo de concentração passam por um grupo de prisioneiros alemães. Um machucado prisioneiro alemão, que era na verdade Hosenfeld, chama os ex-prisoneiros. Ele implora para um deles, um violinista conhecido de Szpilman, para contactá-lo para que possam libertá-lo. Szpilman, que voltou a tocar na Rádio de Varsóvia, vai ao local tarde de mais, todos os prisioneiros haviam sido removidos sem deixar rastros. Na última cena, ele toca Grand Polonaise brillante para uma grande plateia em Varsóvia. Antes dos créditos é mostrado que Szpilman continuou a viver em Varsóvia até sua morte em 2000 e que Hosenfeld morreu em 1952 em um campo de prisioneiros da KGB, porém foi postumamente honrado por salvar a vida de Szpilman.